segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Era uma vez, um rapaz cortês



Nosso herói foi atravessar a rua,
Mas não atravessou ao outro lado:
Distraiu-se com uma mulher nua
Sobre o semblante de um homem pelado.

Nosso herói levou uma cacetada
De um carro. Ele foi atropelado.
A mulher levava uma cacetada
E ele voltou voando ao mesmo lado.

A mulher do pelado foi traída
E o homem da nua talvez viajando.
Nosso herói viajou metros, distraído.

Dizem aí que uma orelha foi à lua,
O pau se perdeu no bueiro da rua
E o emblema do carro se perdeu na bunda.

Adiciono um terceto ao soneto
Pra dizer que se tornou um espeto o
Nosso herói esperto... Também corcunda.

Adiciono um quarteto ao soneto,
– talvez esteja na devida métrica –
Pra dizer que o herói não está reto
E que ele leva jeito na ginástica.

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