quinta-feira, 4 de julho de 2019

Esperança


Imagino um futuro contigo,
Casados; eu sou seu companheiro.
Nosso belo lar aconchegante;
Nossa cama, unidos pra sempre.

Amor que habita poesias;
Coração delirante, afeto;
Minha bela rainha, meu tudo;
Sob o nosso teto, unidos.




Só de imaginar, meu peito infla.
Dou-lhe carinho e você recebe;
Dá-me sentido à minha existência.
Neste futuro eu me sinto leve.

Só posso imaginar, pois você
Não existe. Fruto de carência,
Da esperança vã de que há
Felicidade nesta droga de vida...

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Juntar dois tijolos (com cuidado)

A forma segue a função; tua
Forma me deslumbra. Sei que
Erro em tentar tê-la, mas tua
Forma me deslumbra. Sei que
Não estamos no mesmo tempo,
E, nesse caso, mais é menos...
A forma segue a função; tua
Forma me deslumbra. Sei que

Minha função é te amar.

A simplicidade do amor,
Precede a cumplicidade
De nos acharmos um no outro.
Percebes a complexidade
Daquilo que sinto por ti?
Desejo-te comigo aqui...
A simplicidade do amor,
Precede a eternidade

Da obra que seríamos.

A gente tem que sonhar, senão
Não vale a pena tentar viver.
Creio que sempre há outra maneira
E que vale a pena tentar tê-la...
Minha vida é só um sopro perto
Deste meu amor arquitetônico.
A gente tem que sonhar, senão
Seria uma pena viver.

A paixão está nos detalhes.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Gangorra


Cheia de altos e baixos
É minha vida contigo.
Fico atrás no caminho,
Sempre corro até você.

Você nunca está comigo,
Mas às vezes está, sim.
O trajeto é tortuoso;
Doloroso, porém doce.

Eu irei até o fim...
Meu coração sobe e desce
Pela garganta apertada,
Ao passo que eu relembro
O que foi de nossa estrada.


Seu sorrir me adoece,
E meu coração falece
Gradativamente quando
Você se afasta, quanto
Mais se afasta de mim.

Tento encurtar a distância
E manter uma constância
Nos batimentos cardíacos
Que pulsam loucamente por
Você, mas me vejo mais longínquo
De você quanto mais eu tento me
Aproximar de seu coração fechado;
E então eu me encontro desnorteado,
Vou e volto no meio do caminho, tento outro
Meio, procuro você com receio de te perder,
Meio que fico maluco pensando em você,
No desespero fico desatinado, sonhando acordado
Insanamente desvairado nesta sua alternância de estado
E...

Não sei mais o que fazer...

Paro de ir atrás.

Respiro fundo.

Retomo a caminhada, pois nunca vou desistir,

Pois eu adoro a sua presença, e por você percorro o mundo.

Vou brincar nesta gangorra eternamente.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Adeus


Tantas coincidências conspiraram a nos unir;
Havia uma infinidade de possibilidades:
Acabou que foi aquela que houve a que aconteceu.
Inimaginável, incrível... Impossível. Já foi.
Seu coração pertence a outro, mas naquele momento...
Agora não existirão mais momentos como aquele.

Tentei não perder a razão nos imaginando juntos;
Hora ou outra, todavia, aconteceria de...
A nossa história foi curtíssima, no entanto intensa.
Inevitável era a separação precoce de...
Sem paciência, a vida decidiu nos apartar;
Acabou a nossa singularidade surreal.

Adorei cada segundo, adoidei-me em seu mundo lindo.
Dentre todos os erros da vida esse foi o único acerto.
Ei, ei! Não precisa voltar a mim! Siga adiante, meu bem...
Ultimamente penso só, em nosso momento especial.
Só espero que leia isto aqui, sem chorar no final...

sábado, 20 de abril de 2019

Infindável


Inevitável...
Olhos desnudam-lhe em todos os cantos;
Os julgamentos sob quaisquer ângulos
Coagem-lhe a engolir a si mesmo,
Plantam no imo ansiedade sem fim.

Impossível...
Clausura claustrofóbica do céu
Aberto expondo ao mundo o que é seu;
Coragem para seguir de ré em
Frente – Enfrente a si mesmo pra sempre.

Inviável...
Permanecer só, manter-se distante,
Agrava o estado do ser isolado –
Convergem as dores de todo lado,
Tornam eterno o mais reles instante.


Invencível...
Resistir é inútil, você não
Superará a horrível solidão.
Covarde por simplesmente existir,
Culpado por nada poder fazer

Para findar esta dor desgraçada.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Noites insones (insanas)


Naquele instante o mundo era diferente,
Branco e preto ainda, mas mais distorcido.
As palavras que lhe atormentavam a mente
Saíram como um disparo impetuoso.

Gatilho sensível, bastou um segundo;
O fim percorreu o cano corroído,
Fez de vítima aquele amigo inocente,
A bala perdida com destinatário.

Na calada da noite voltam os demônios,
Com alguns demônios novos. Torturam
O ser perturbado que findou aquilo.

Solitário, sabe o que fez, não sabe
O que faz, tampouco o que deve ser feito.
No mesmo lugar ele se martiriza.

Segundos escoam vagarosamente;
É injusto tudo mudar de repente?

Sua existência difusa lhe sabota.
Só lhe resta aceitar a pesada sina...

De ficar sozinho a contemplar a Lua...