quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Coração de poeta II



De volta eu estou aqui,
Agora um soneto de Shakespeare.
Já comecei o poema decidido
Quanto a sua forma, estrutura.

É bem clichê esse tipo de coisa:
Escrever versos livres, narrativos,
Aleatórios e sem propósitos. Forma pura.
Estou quase no terminal.

Já sei, vou escrever sem sentimentos:
Objetos, pedra dura, carbetos, milharal.
Aliás, vou fazer bem feio:
Tripas, sangue, sofrimento, desespero.

Insanidade lúcida ou lucidez insana?
Vou escrever sem sentimentos: Vazio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário