sábado, 9 de agosto de 2014

Coração de poeta IV



Somente eu acordado, no escuro.
Fico pensando como você pode estar,
E se ainda se lembra de nós. Penso
Se pensa no passado ou se foca no futuro.

Diga que eu estou estagnado,
Diga que eu estou enganado,
Diga que eu não me livrei da corrente,
Diga que eu não andei para frente

Ou

Diga que eu sou muito patético,
Que nisso não há nada poético,
Que perdi tempo demais da vida
Acreditando no que sempre foi mentira...

Enfim,

Diga o que quiser para mim,
Contanto que diga algo.
Volte esporadicamente,
Mas não fique para sempre.

Suma. Volte.

Enquanto eu remoo, relembro
E quero saber da vida que está vivendo,
Você vive a vida como se eu não existisse...

O que você ainda faz na minha cabeça?
Eu pensei que eu quisesse que você sumisse.
Por favor, desapareça...

Essa poesia não é para ser bonita,
É para ser triste.

Isso nunca chegará a você,
Nunca encontrará os seus olhos
E tampouco o seu coração.

Obrigado por me encher de confusão.
A ironia é o meu primeiro presente
E você nunca vai receber.

Cadê você?

Aliás,

Não quero saber.

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