Um sopro de
ar fresco na narina;
Vindo do
nada, bem-vindo à minh’alma.
Renova a
vida, rompe minha casca,
E deixo de
ser aquela lagarta...
Minhas asas
florescem, assim posso
Nadar em seu
vento, em sua brisa.
Surgiu-me
súbita assim, para mim...
Fez-me tua
borboleta: Guia-me.
Sem ti não
voo e sem ti não vou;
Pois tua
essência no ar me sustenta
E eu era tão
fechado em casulo;
No escuro
antes de te conhecer.
Contigo eu
posso ser, então crescer.
Neste lapso
período contigo
Meu eu
ganhou cores, e isto é lindo.
De repente
perdi o rumo. Só
Porque eu fiz
uma guinada errada,
Num efeito
borboleta desabo.
Senti o voo,
senti o calor,
Levitei no
quente escoamento
E no vácuo
perdi todo o valor.
As cores
ficam tênues e eu caio...
Num baque
surdo estatelo no chão.
Então teus
ares volvem a soprar,
Asas novas
me revolvem, no ar.
De supetão eu
perdi tudo. Só.
Sem fôlego,
meu ser dá nó, definha...
É tão
efêmera a vida das borboletas.
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