Caminhante errante cansado,
Tudo o que ele faz é errado.
A dor em seu peito apertado
Espessa o ar ao seu redor.
Passado distante passado,
Quando o mundo era colorido.
Sente cada instante espaçado
Demais; o tempo distorcido.
A água salgada de mágoa
Vertida em fluxo constante
Dos olhos vazios, embaçados,
Vergam as costas do caminhante.
A face em estado de repouso
Esqueceu como verga os lábios
Pra cima. Segue cabisbaixo,
Querendo repouso da vida.
Cessa o passo no meio da
Estrada, da rota, da vida;
Autoestima, derrota, dúvida...
E desiste de caminhar.
Sem esperanças, só espera,
Que o acaso decida
Passar, e erguer a descida...
Pois suas pernas se cansaram
Perto do fim.
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