domingo, 8 de julho de 2018

Coração de Poeta IX


É tempo de retomar essa saga,
Botar os dedos a baterem nas teclas
E ver o que meu interior quer me dizer.
Estou tentando voltar ao ritmo dessa praga
De vida que parece ser eterna;
Igual a antes de eu ter morrido eu quero ser...

...Ao meu estado do passado,
Quando eu não achava que estava errado
Em fazer o que desejava fazer...

...E agora só dou de cara em paredes,
Às vezes de propósito, às vezes por acidente;
O problema é que não sei diferir qual é qual,
E nessa tortura fico a me ferir até o final.

Mas, agora, voltemos à poesia:
Fazia muito tempo que eu não escrevia
Algo para o “coração de poeta” –
Tanto que nem lembro qual é o número atual;
O número ordinal desse ensaio sobre sentimento
Que eu espero que ninguém entenda...
(mas preciso que entendam) –,
Então eu perdi a manha de elaborar essa coisa
E passar ao papel virtual os meus devaneios
Confusos e atormentados...

Será que eu só sei falar disto?
Será que minha vida se resume a isto?
Será que eu existo por fora de mim?
Ou eu só vivo por dentro?
São questões que não interessam a ninguém...

Quanta exposição, aqui!
Só que é assim mesmo que funciona
O tal negócio do “coração de poeta”,
Que está mais para “coração de idiota”,
Que vive batendo a testa
Nos obstáculos da vida,
E assim criando mais feridas
E escancarando as chagas antigas
Na luta ao desejo simples, mas impossível,
De encontrar alegria.

Era só isso o que eu queria...


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