terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ventoinha

Uma bala perdida cruza cada esquina, onde alarmes soam sem parar. Cadáveres e tênis enroscados em fios de alta tensão, e chinelas voando. O calor emanando do efeito urbano. As duras ilhas de calor que desgastam tanto por dentro quanto por fora. E tem aquelas pessoas lindas andando sempre quase peladas, quase nunca com roupas. Senhores com pistolas fazendo um atendimento rápido nos carros.
Voltando um pouco aos alarmes, tem daqueles que fazem a pessoa dançar e daqueles que ressonam cabeça de formiga. No geral, uma mistura aérea que se mistura ao níquel supersônico.
O evento contradiz o precedente.
As duras ilhas de pessoas, nestes arquipélagos divididos por mares rubros e chassis retorcidos que se ardem. Crianças jogando vôlei com cabeças de vovôs, estes foram arrastados sobre cadeiras de rodas, faísca.
Tripas enroscadas em fios de alta tensão.
Fica mais escuro. A fuligem mesmo que blinda a luz e, portanto, a visão, e, por conseqüência dos fatos, a vida. A fim de não deixar dúvida pendente, vida é aquilo que se mexe sabe-se lá por quê. É comum esses negócios tropeçarem nas coisas dos outros negócios. É uma cadeia de conseqüências, se for analisar bem. Certo.
Falando mais sobre os alarmes, eles são do tipo vermelho estridente.
Bueiros abortam abortos, e, aproveitando a oportunidade, pessoas bem vestidas aproveitam a oportunidade e aproveitam os abortos abortados que tanto são saborosos. Até de só olhar já dá uma impressão marcante. À via de curiosidade, saiba que o olfato e o paladar são a mesma coisa.
Vermes fazendo limpeza craniana nas madames. São as boas maneiras. Larvas rotundas saindo de paredes quentes de piche. Ratos convulsionando. Cachorros. Corcundas. Tolos e cerveja.
Pista de boliche é uma metáfora ótima para o que acontece. Pino é perfeitamente cabível à situação dos.
É facilmente dedutível que.
É necessário que.
Que.
Que cidade maravilhosa.

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