sábado, 24 de julho de 2010

Fio da foice


Morte engraçada.
Tanto poética,
Lhe pega do nada.
Bizarra.

Leva à dúvida
Sequer convida,
Em maioria dos casos.
Lúcida.

Há quem exore
Por rapto.
Fetichistas.

Dona de mundos,
Digamos estupradora,
Fetichista.

Cliente imóvel em saco,
Lacrado com carinho,
Por bem ou mal,
Lançado em mortemóvel,
Carrossel, carrão ou carrinho.
Viagem infernal.

Violência apenas
Prosaico,
Veloz ingresso.
Mosaico de sucesso.

Artesã laboriosa.
Rotina retomada
E repetida, repintada,
Outra e ulterior obra.

Morte atéia.
Pobre morte atéia.

Quem sabe cobice
Pouca féria.
Ser levada,
E revirada.

Fetichista.

Dona de chefes,
Dona de patronos,
Dona de mestres,
Dona de donos.

Coisa certa:
Morte incerta.
Engraçada, esperta.

Prega peças,
Palhaçadas,
Coisas travessas,
Coisas engraçadas.

Arteira,
Certeira.

Quem sabe venha
Contigo ficar defronte.
Amanhã, hoje...
Por que não ontem?
     
Quem sabe vire ano
Com faca juntada
Ao crânio.

Por que não?

Espada, facão, espadão.
Por que não?

Machado, serrote, mobilete.
Colher, cadeira, pacote de balão.
Até nanico canivete. 
Por que não?

Até vidro no ânus.
Régua na orelha.
Ácido em sobrancelha.
Membros em panos.

Nada impossível.
Depende do fetiche
Ou prenda.
Depende do nível.

Faz favor?
Caso encontrá-la,
Dia ou noite,
Aonde ou onde,
A mim conte.

Graciosa, grotesca?
Delgada, brutamonte?
Esgrouviada, pitoresca?
Ele, ela?

Quero bater papo...

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